Petrobras (PETR4). Foto: Agência Petrobras
Petrobras (PETR4) – Foto: Agência Petrobras

Atualmente a Petrobras (PETR4) figura como um dos ‘fatores’ que mais influencia o preço da gasolina, com reajustes que impactam diretamente o preço pago pelo consumidor na bomba.

Contudo, não somente os preços praticados pela Petrobras – que vende o combustível às distribuidoras – impacta o valor final.

Atualmente o preço da gasolina no Brasil, na média, é de R$ 6,09 por litro.

O impacto o qual a Petrobras é ‘responsável’ é de pouco mais de um terço desse valor, de 36,1% – ou seja, o ‘peso’ da Petrobras no valor final é de R$ 2,20.

Petrobras é responsável por pouco mais de um terço do preço da gasolina atualmente - Foto: Reprodução/Petrobras
Petrobras é responsável por pouco mais de um terço do preço da gasolina atualmente – Foto: Reprodução/Petrobras

Isso, segundo cálculos da estatal a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da CEPEA/USP.

O segundo fator que mais influencia o preço do combustível é o Imposto Estadual, responsável por 22,5% do valor final. Logo em seguida aparecem Distribuição e Revenda (17,7%), Custo Etanol Anidro (12,3%) e Impostos Federais (11,3%).

Ou seja, se somados, o peso dos impostos é de cerca de 33,8% do valor toal.

Política de preços da Petrobras

Atualmente a política de preços da Petrobras é uma estratégia que permite passar períodos sem reajuste mas evitando prejuízos para a companhia.

Essa política está em vigor desde meados de maio de 2023, quando passou a substituir a paridade de preços com a importação (PPI).

Desde então, a volatilidade do preço do combustível fica cerca de 5% abaixo da paridade internacioal.

Em suma, a política da companhia não necessariamente significa preços mais altos ou mais baixos, somente firma um ‘atraso’ no repasse à volatilidade no preço do petróleo Brent,

Especialistas apontam que essa atraso fica na casa de um mês.

A decisão deliberada de manter essa diretriz não é traduzida somente nos últimos reajustes de preço feitos pela empresa, mas também no posicionamento de executivos.

Nesta semana o diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados da PETR4, Claudio Romeo Schlosser, declarou que a estatal não irá ‘antecipar decisões’ sobre o preço dos combustíveis.

“O reajuste de combustíveis não depende só da cotação do petróleo. A nossa estratégia comercial leva em consideração, efetivamente, os nossos ativos, a nossa logística, que nós consideramos dentro da nossa análise”, disse, em evento do setor de petróleo no Rio de Janeiro.

O executivo ainda acrescentou: “Estamos mais uma vez naquele período da volatilidade, o mercado está bastante volátil, ele oscila”.

As falas vem em meio a dias voláteis para a cotação do petróleo Brent – referência para a Petrobras – que chegou a perder o patamar de US$ 70 por barril há alguns dias, chegando nas mínimas desde dezembro de 2021.

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