Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu nesta quinta-feira (11) que o Google violou leis antitruste ao manter ilegalmente seu monopólio no mercado de tecnologia de publicidade digital. A decisão representa uma derrota significativa para a empresa e ameaça levar à fragmentação de parte de seus negócios.
A sentença foi emitida pela juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital do Leste da Virgínia. Ela concluiu que o Google agiu de forma ilegal ao integrar seu servidor de anúncios para editores com a plataforma de leilões digitais, o que restringiu a concorrência no setor. Segundo a juíza, essa prática prejudicou rivais, editores e consumidores.
“A conduta excludente prejudicou substancialmente os clientes editores do Google, o processo competitivo e, em última instância, os consumidores de informações na web aberta”, afirmou Brinkema na decisão.
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A ação contra o Google foi movida em 2023 pelo Departamento de Justiça dos EUA e um grupo de estados, e aponta que a empresa detém cerca de 87% do mercado de tecnologia para venda de anúncios.
Essa dominância foi ampliada por aquisições, como a da DoubleClick em 2008, por US$ 3,1 bilhões. Em 2023, a área de tecnologia publicitária da Alphabet, controladora do Google, gerou US$ 31 bilhões em receita — cerca de 10% do faturamento total da empresa.
Durante o julgamento, que durou três semanas, promotores argumentaram que o Google forçou o uso combinado de seus produtos e capturou uma fatia maior das transações, impactando negativamente empresas de mídia que dependem de publicidade para financiar conteúdo gratuito.
O tribunal agora iniciará a fase de definição de medidas corretivas. O Departamento de Justiça já havia solicitado que o Google fosse obrigado a vender partes de sua operação de anúncios digitais.
Essa é a segunda decisão judicial em menos de um ano contra o Google por práticas anticoncorrenciais. Em agosto, outro tribunal concluiu que a empresa mantém um monopólio no setor de buscas online.
Google e Departamento de Justiça ainda não se pronunciaram publicamente sobre a decisão.
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